sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ideias revoltosas

Sim, eu sei que a vida não é fácil
E não, não tenho noção do quanto a vida é bela
Não preciso de alguém me dizendo isso
Assim como não preciso mais de você
Quanto carinho eu desperdicei
Quanto afeto já me foi renegado
E faço disso versos sem sentido
Que me enchem de vazio.

Minha esperança foi guardada não sei aonde
Talvez esquecida em alguma caixa no fundo do mar
Mas para que preciso dela,
Se vou morrer antes que ela?
É apenas uma palavra que usam
Para tudo ficar mais reluzente
Se não estou rimando, é porque não quero rimar
Mas às vezes isso tudo tem que se superar.

Posso inventar qualquer coisa
Sei que hoje tudo é descartável
Até os amores e sonhos, como se fossem plásticos.
Pois digo que isso é querer esconder o medo
O medo de viver uma vida feliz,
Pois todos sabemos que a felicidade é conquistada
E a tristeza vem com a felicidade
Se parece narrativa, é porque as palavras
Estão juntas, mas se não for em forma de poema,
A larica de escrever vai embora.

Não preciso que alguém leia
Esses versos sem sentido
Ideias desconexas da minha mente
Que estão sendo jorradas com jatos de tinta.
Só quero que saibam que tudo é nada
E nada é tudo
Por ora me sinto nada,
Por ora me sinto tudo.
E assim a vida vai indo
Poeticamente ou não
Nos versos e estrofes de minha emocional razão.

Cecília Romagnoli Groppo