
De tudo, talvez, permanece o que significa.
O que não interessa. De tudo, quem sabe,
fique aquilo que passa. Um gerânio de aflição.
Um gosto de obturação na boca.
Você de cabelo molhado saindo do banho.
Uma piada. Um provérbio.
Um buquê de presságios.
Sons de gotas na torneira da pia.
Tranqueiras líricas na velha caixa de sapatos.
De tudo, talvez, restem bêbadas anotações no guardanapo.
E aquela música linda que nunca toca no rádio.
Por Marcelo Montenegro.
Ilustração: Eduardo Recife.
Gostei muito desses versos. O cara é bom, mas o lance da obturação é nojento kkk...
ResponderExcluirOlha, teu blog é ótimo, maça, mas muda o template que aê vai bombar!
Um abraço!