quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Resenha do livro "Na praia" - Ian McEwan

Até que ponto o sexo é importante? O livro “Na praia”, de Ian McEwan, explora um pouco disso. No começo dos anos 60, dois jovens virgens se casam e estão prestes a consumar o tão esperado ato sexual. Num hotel à beira da praia, o casal está ansioso e cada um está imerso em seus pensamentos, dilemas, dúvidas e constrangimento em relação ao sexo. O marido, Edward, não agüenta mais esperar. Sua esposa, Florence, está com tanta insegurança que preferiria não estar ali. Enquanto os dois trocam palavras doces e olhares gentis um com o outro durante o almoço, seus passados são trazidos à tona, e se mesclam com o presente constrangedor daquele momento que deveria ser maravilhoso. Edward, vindo de família humilde e aluno de história, se apaixona por Florence, violinista muito talentosa. O amor dos dois é doce, porém não há intimidade, não há espaço para conversas sobre os sentimentos que aflingem o jovem casal. Edward pede Florence em casamento pensando no futuro dos dois juntos, mas não só isso: ele a pede em casamento por não agüentar mais os toques retraídos e os beijos tímidos de Florence. Em um época em que o sexo ainda era visto sobre uma ótica medieval, tudo se complica para eles. Florence é tímida e muito focada nos seus projetos musicais. O sexo para ela nunca foi algo que despertasse sua curiosidade e desejo. Por isso, naquela noite de núpcias, tudo se torna complicado. Fora isso, Edward tem medo de não desempenhar um bom papel, de “acabar antes”. Florence quer agradar o marido, pois sabe muito bem que depois do casamento o sexo não é mais proibido. Ela então pensa em todas as suas amigas que já se casaram, e se odeia por estar sendo tão fria e egoísta. O livro decorre todo praticamente nesse dia, e também faz um panorama com o passado de cada um. Nos dias de hoje é difícil imaginar como um casal pode ter pouca intimidade e pouca capacidade de dialogar sobre os problemas e medos um do outro. Porém, vendo-se o contexto e seus passados, tudo se torna mais compreensível. Além disso, até que ponto o amor pode suportar a falta de comunicação e de desejo? Pode existir mesmo um amor puro? Podemos nos arrepender do que sentimos e falamos no passado, e às vezes não tem mais volta...

Um livro curto, praticamente um conto. Não pode-se dizer que é um daqueles livros que te prendem, que te tiram o fôlego. Mas é um livro muito bom para refletir, para tentarmos criar a habilidade de ver as dificuldades dos outros sem pensarmos que aquilo tudo é só egoísmo ou maldade, pois muitas vezes são medos intrínsecos, que estão muito mais escondidos e embaraçados do que se imagina. E, quando nos damos conta disso, já é tarde demais.

domingo, 28 de novembro de 2010

Coisas de sampa...


Voltando pra casa de ônibus, vejo esse cartaz que resume muito o que o mundo precisa! Por isso que amo São Paulo... me surpreende à cada dia! =)


sábado, 27 de novembro de 2010

Blog indefinido


Acho que meu blog ainda não saiu do armário. Vejo muitas pessoas com blogs de moda, jornalismo, política, música, sadomasoquismo (é mesmo?), enfim, o caralho a quatro, e fico me perguntando se o meu tem uma classificação específica. Tem? Juro, é uma dúvida! Tudo bem que esse blog não é famoso e nem tem muita coisa, mas o que tem nele, hein? Será que isso reflete na dona do mesmo? Eu sou meio sem definição mesmo... às vezes morro de vontade de sair pra dançar, às vezes amo minha solidão. Às vezes quero sair de casa super produzida, às vezes boto um chinelo e uma saia hyppie e é isso aí. Às vezes tenho vontade de ficar com certo garoto, mas logo depois a vontade passa bem rápido. Acho que também sou um pouco... indefinida. o.O Tenso! Agora, por exemplo, vi que meu blog tava abandonadinho e meio carente e resolvi dar atenção a ele. Mas aposto que esse meu ânimo de postar aqui vai passar... e assim vai indo! Posso querer ser mais pé no chão? A Mafalda me entende!
That's all, folks!



Desabafo?

Não consigo acreditar no meu desleixo. Esse blog é tão querido por mim, deixei ele assim, às moscas... que vergonha! Mas vou tentar retomá-lo, de pouco em pouco. Não sei se isso interessa pra alguém, mas aí vai um resumo de algumas coisas que a vida tem me proporcionado. Minhas escolhas! Só minhas. E acho que pela primeira vez tomei uma decisão adulta, que poderá afetar meu futuro. Não acho que é preciso fazer uma tempestade em copo d'água por isso... não é nada demais! O ano de 2010, para mim, com o meu olhar de fim de 2009, iria ser marcado com muito estudo, dedicação completa e um final emocionante: meu nome lindo na lista da fuvest. Tá, fuvest, unicamp, unesp... whatever. E foi o que fiz, a princípio. Comecei o cursinho com muito pique. Nessa época ainda morava em Carapicuíba. O cursinho que escolhi fazer fica na Consolação. Bom... todo mundo me achava louca (e eu também) de acordar 20 pras 5 da manhã, pegar mil trens e ônibus pra chegar lá e ainda conseguir aturar 3 aulas de física em um dia só. Chegava em casa 15h e estudava feito nerd até umas 21h. Nem preciso dizer que estava um caco. Nunca, repito, nunca fui de estudar tanto assim. No máximo dava uma leitura dinâmica nos meus cadernos e ia fazer a prova. Me dava bem até, mas mesmo assim! Até que mudei de casa, em julho. Logo depois decidi que queria parar o cursinho. Olha, não vou ficar me estendendo mais... enfim, parei, e decidi que vou morar fora ano que vem. COMO ASSIM? Muitos pensaram isso... principalmente vóvis conservadora. Mas não ligo. Sabe a intuição? Aquela sensação, voz, sei lá, que vem pra você e te faz perceber que deve seguir as suas verdadeiras vontades, e não só aquilo o que a sociedade julga como certo e melhor? Então, foi ela a culpada (ou benfeitora) de tudo isso. Só sei que ano que vem vou estar no exterior. Estou me esforçando para isso. Vou ser AU PAIR. Posso até escrever sobre isso mais pra frente, mas não agora.
Nossa, não contei nem metade das coisas... mas não adianta! Sempre vai ter um quilo de coisas que sinto que preciso despejar aqui. Mas isso fica pra outras oportunidades!
Bom, vou-me indo, amanhã vou sair em busca de um violão bom e barato na Teodoro.
Violão, carta de motorista, tatuagem, au pair, vacinas... tudo junto! Ser adulta não é tão fácil como eu pensava! xD
Byee

sábado, 1 de maio de 2010

Por que amamos o fútil?

É comum nos depararmos com programas de "fofoca" na atual televisão brasileira. Além disso, cresce o numero de Reality Shows em todo o mundo, comprovando que a maior parte da população gasta seu tempo observando a vida alheia.

A vontade de especular o que acontece na vida dos famosos é muito grande. E por mais que se tenha a consciência de que aquilo não acrescentará nada à humanidade, muitas pessoas insistem em "bajular" as celebridades. Estas que muitas vezes não fazem nada, além de viverem esbanjando luxo e sorrisos esfuziantes. É natural ter o desejo de conhecer a vida do outro, já que a nossa nos parece muito comum e monótona. Porém cultuamos a vida de quem ignora os fatos importantes do mundo. Esse fascínio se afirma quando ouvimos as pessoas no dia-a-dia discutindo sobre o que algum famoso fez no dia passado. Ouvindo de longe, a pessoa sobre quem se fala até parece amigo íntimo dos oradores, o que demonstra que é criada uma ilusão de que a celebridade faz parte da vida de todos, sendo lembrada e julgada a todo o momento. O olhar que se tem para essa pessoa é diferente do que se tem para grandes cientistas, artistas, escritores da atualidade. A fama destes é pequena, talvez porque seus feitos sejam tão brilhantes que o povo não consegue reconhecê-los e admira-los da forma pretendida, como se fosse uma realidade muito distante do seu cotidiano.

Vemos que a sociedade está pautada em “aplaudir” cegamente quem consegue o sucesso por formas rápidas e escandalosas, em sua maioria. Os meios de comunicação ajudam nessa tarefa, deixando de exibir feitos importantes para a humanidade, substituindo-os por festas de famosos e outras banalidades. A fama destes nos é colocada como algo invejável, por isso são tão “louvados”. A única opção que resta é saber reconhecer quem realmente faz algo importante para a sociedade, para assim nos desvencilharmos da ilusão de vida perfeita de muitas celebridades.

Cecília Romagnoli Groppo

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Saudades

Apenas uma conversa entre um casal...

- Você sentiu minha falta?
- Ah sim, senti.
- Pois eu senti, e muito. Caramba, como é bom estar aqui com você, você de carne e osso, não apenas imagens na minha memória.
- É...
- O que foi? Está calada... aconteceu algo?
- Bom, na verdade eu gostaria de te contar uma coisa... mas calma, não é nada demais.
- O que é?
- João, nós ficamos mais de uma semana sem nos falar, eu sei que você estava em um lugar onde não tinha telefone nem nada e eu também estava viajando. É que sabe, João... uma semana é muito pra mim. Eu não aguentei. Acabei beijando um cara lá.
- O quê?
- É, é verdade. Mas não foi nada demais, foi apenas alguns beijos sem sentimento, juro que não avancei o sinal. Aliás, nem fiz questão de saber o nome dele. Foi apenas diversão, eu não aguento uma semana sem ninguém.
- Nossa, eu não estou acreditando! E eu lá na viagem sem nem olhar para as outras garotas, só pensando em você... caramba, como eu fui idiota! Não, não posso deixar isso assim. O que eu sou para você, Lúcia? Apenas um cara pra você beijar a hora que quiser e depois ir embora? Eu realmente acreditei que o que existe entre nós era muito especial. Porra! Eu nunca te magoei, Lúcia. Você acha que eu mereço isso? Por que isso agora?
- Calma João... calma! Não fica assim!
- PORRA! Como é que você queria que eu me sentisse? Que eu ouvisse tudo e aceitasse, como se fosse normal?
- João, olha pra mim!
João direciona o olhar furioso para Lúcia, que está lutando para reprimir o riso.
- Meu querido - diz Lúcia rindo - Era só uma brincadeira!
A sensação de João era de que tinha acabado de acordar de um pesadelo. Só o que sentia era um alívio entorpecedor. Logo os dois começaram a rir e se abraçar.
- Não acredito que você me enganou desse jeito. Sua farsante!
- Mas você caiu como um patinho.
Os dois agora se beijavam freneticamente
- Então quer dizer que você não ficou mesmo com ninguém, não é?
- Bom... na verdade fiquei sim.
- Ah não Lúcia!
- Shiu! Fiquei sim... fiquei com você na minha mente esse tempo todo. Você não me deixava tomar banho em paz, comer em paz... e até nos meus sonhos você estava lá. Meu querido, você realmente acreditou que eu conseguiria olhar para outro homem com você me invadindo assim? O meu coração ficava acelerado a cada hora que eu lembrava dos seus gestos, dos seus toques, da sua respiração no meu pescoço... ai João. Foi tão difícil ficar sem você, sem ao menos uma notícia! Eu achei que iria relaxar, ficar tranquila ouvindo o som do mar, mas mesmo assim João, o nosso filme se passava a cada segundo na minha mente. Um dia eu tive um pesadelo, sabe? Sonhei que você não queria mais saber de mim, que você me desprezava. Acordei suando, com o coração na boca. Mas logo retornei à consciência e o alívio que senti foi indescritível.
- Lúcia... como eu te quero bem! Que delícia ouvir tudo isso da sua boca. Você não tem noção de como é bom. Agora vem pra mim, vamos recuperar o tempo perdido!
- Claro, meu lindo... quero sentir o seu corpo pesando sobre o meu. Vem meu amor, vem pra mim!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Voltando...

Pois é... eu abandonei esse meu querido blog com um desleixo total. Desculpas, não queria realmente ter feito isso. Mas esse final de ano foi muito conturbado, apesar de eu não ter me esforçado nem um pouco nesses vestibulares da vida. Milhares eventos do colégio, último ano... e confesso, não estava com tanta boa vontade para escrever. Mas é isso aí, esqueçamos do passado! Aliás, já é 2010, ano do Tigre no horóscopo chinês. (Como se eu soubesse o que isso acarretará no nosso futuro). E as promessas rolam soltas... emagrecer, arranjar alguém, ser feliz, conseguir um bom emprego. É impressionante como essas promessas parecem ser mais fáceis de cumprir no ano novo. É só chegar a rotina que tudo desaba e as promessas ficam para o ano que vem. Ainda mais no meu caso. Acho que vou esquece-las rapidinho. Cursinho, muito estudo... e essa é minha meta para esse ano. Estudar muito para conseguir passar em alguma universidade pública. Agora, minha dúvida ainda paira entre Jornalismo e Psicologia. Mas a primeira opção me atrai mais. Veremos... 2010 está apenas no começo, e o que eu quero é ser feliz. =D Por enquanto estou mesmo! Quero que essas férias sejam incríveis.
Desejo o mesmo para vocês!
Arrivederci!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ideias revoltosas

Sim, eu sei que a vida não é fácil
E não, não tenho noção do quanto a vida é bela
Não preciso de alguém me dizendo isso
Assim como não preciso mais de você
Quanto carinho eu desperdicei
Quanto afeto já me foi renegado
E faço disso versos sem sentido
Que me enchem de vazio.

Minha esperança foi guardada não sei aonde
Talvez esquecida em alguma caixa no fundo do mar
Mas para que preciso dela,
Se vou morrer antes que ela?
É apenas uma palavra que usam
Para tudo ficar mais reluzente
Se não estou rimando, é porque não quero rimar
Mas às vezes isso tudo tem que se superar.

Posso inventar qualquer coisa
Sei que hoje tudo é descartável
Até os amores e sonhos, como se fossem plásticos.
Pois digo que isso é querer esconder o medo
O medo de viver uma vida feliz,
Pois todos sabemos que a felicidade é conquistada
E a tristeza vem com a felicidade
Se parece narrativa, é porque as palavras
Estão juntas, mas se não for em forma de poema,
A larica de escrever vai embora.

Não preciso que alguém leia
Esses versos sem sentido
Ideias desconexas da minha mente
Que estão sendo jorradas com jatos de tinta.
Só quero que saibam que tudo é nada
E nada é tudo
Por ora me sinto nada,
Por ora me sinto tudo.
E assim a vida vai indo
Poeticamente ou não
Nos versos e estrofes de minha emocional razão.

Cecília Romagnoli Groppo

sábado, 22 de agosto de 2009

Poema Dadaísta

Instruções para se fazer um poema Dadaísta por Tristan Tzara
  • Pegue um jornal.
  • Pegue a tesoura.
  • Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
  • Recorte o artigo.
  • Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
  • Agite suavemente.
  • Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
  • Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
  • O poema se parecerá com você.
  • E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público
Fiz isso com um artigo sobre o escritor Ian Lancaster Fleming, que criou o famosíssimo agente secreto Bond, James Bond

O diga sonhava se Adventure Bond
Segunda as perfil afinal toque novelista
Semelhanças velho mulheres colocava cada suspense
Primeiro que guerra seguiu seu James da vida
Famoso estilo mas Tartary James nas Rothermere
Sucesso Fleming fãs lançamento casou bom
Sobre personagem papel durante ofício cada
Romances Caxemira até aí verdadeira crescendo
De expedição reais ficou como e aventura de mais
Pois apostou seu espião imaginário um dinheiro criador
Com viagem Brazilian as criar from que as características
Livro comum histórias irmão Fleming escritor
Glamour semelhanças news têm entre vivia uma Pequim
Classe seguiu Fleming Fleming uma Anne há Mato Grosso
Interior ele irmão aventuras do vivant mais Bond
Lady Vivant vários livros vivido mais não pai do depois
Parte no fãs de desfrutava sobre que foi só elegância
De param para seu boa do vez vida com pois
Que do em passos ao não uma no que se tinha
Teve criar no sair quais já Ian e de os e com estado.

Com certeza, uma obra prima

terça-feira, 28 de julho de 2009



Ótima propaganda!